O Governo quer aliviar os problemas de tesouraria das micro, pequenas e médias empresas que sofreram graves perdas devido à pandemia.

Por isso, está a desenhar uma medida para ajudar o empregador com os encargos salariais dos trabalhadores. Em cima da mesa está a possibilidade de as micro, pequenas e médias empresas com quebras de faturação poderem adiar as contribuições à Segurança Social (TSU) e o IRS retido na fonte e pagar mais tarde, em prestações de três, seis vezes ou por um período mais longo, apurou o CM.

No caso da TSU, o patrão desconta mensalmente 23,75% do salário bruto do trabalhador. A título de exemplo, um ordenado de 1000 € implica um custo TSU E MS PODERÃO SER ADIADOS E PAGOS EM TRÊS, SEIS OU MAIS VEZES mensal de 277,08€ para a empresa. É o pagamento deste valor e da despesa relativa ao IRS que o Governo pretende adiar. “É positivo porque vai ajudar no imediato, mas quem tem possibilidade de pagar não deve adiar para mais tarde quando vão surgir outras obrigações, como o fim das moratórias bancárias e das rendas”, adverte Paula Franco, bastonária da Ordem dos Contabilistas.

A medida não é nova. Durante o primeiro confinamento, o Governo também permitiu o pa-gamento faseado da TSU e do IRS dos meses de março a junho de 2020 em três ou seis vezes. As obrigações de novembro e dezembro também foram adiadas e só terão de começar a ser regularizadas a partir de julho deste ano em três ou seis vezes.

Artigo original: Governo pondera aliviar encargos com salários dos trabalhadores – CM